sábado, 9 de maio de 2009

VIAGEM À EUROPA - SETEMBRO 2009

Já temos uma data para a próxima viagem à Europa:
3 de setembro.
O roteiro: Amsterdam, Bruxelas e Viena. Serão oito dias de história da arte com espaço para muitos passeios e conversas ...

Bruxelas: Renascença e Modernismo
A Renascença européia se divide entre dois polos importantes de criação. Estes promoveram os caminhos por onde seguiram, não apenas a Europa, mas todo o mundo ocidental durante pelo menos três séculos. São estes polos a Italia e a antiga Flandres, atual Belgica e Holanda. Neste último nasceu a pintura à óleo e uma tradição de pintores que perdurará até o séc. XX: Van Ecky, Bosch, Brueguel, Rubens, Ensor, Magrite, são alguns nomes que representam gerações de artistas cuja sensibilidade espacial, o humor e a invenção criaram uma tradição única. Sobre influencia da arte flamenga gravitaram, entre outras, boa parte da arte francesa e alemã.
James Ensor é um capítulo a parte na história da arte moderna. Com seu espírito independente construiu uma arte além de seu tempo e realizou uma odisseia diversa a do artista maldito. Da mesma geração de Van Gogh e Guaguin, colheu os frutos da glória. Artista satírico, criou como gravador imagens celebres, comparáveis às de um Goya, com a mesma liberdade plástica, invenção e crítica aos costumes de sua época.
Holanda: Rembrandt e Van Gogh
Um destino trágico marcaram a vida destes dois homens, ao mesmo tempo que uma sensibilidade única e genial para retratar seus semelhantes e a si mesmos. Estes dois nomes da história da arte, reunidos numa mesma cidade, valem por si só a visita a capital holandesa. Um pais, cuja tradição protestante não permitiu a construção de catedrais importantes, possui em suas paisagens planas, moinhos de ventos e sua vida urbana, os temas que serviram a gerações de pintores. Estes desenvolveram uma capacidade única na representação de espaços amplos, da vida burguesa, muito antes do impressionismo e sobre tudo na arte do retrato. Todas essas características estão presentes nestes dois genios da arte universal, ambos artistas essencialmente holandeses que levaram ao zênite o destino de serem pintores.
Modernismo Vienense
Viena foi o cenário por onde passaram Freud, Nietzsche, Musil, Klint, Kokoschka, Schiele, entre uma infinidade de artistas, filósofos e pensadores importantes para o séc. XIX e XX. Quais razões criaram o ambiente propício para que todos essas obras e correntes filosóficos nascecem ali? E o que há de comum entre eles? O séc. XIX foi marcado pelas grandes rupturas com as monarquias vigentes e a igreja. A Austria do séc. XIX será ainda monárquica e esse conservadorismo contrasta vertiginosamente com um sentimento geral de individualismo e anseio por liberdade política e privada. Um modernismo novo, diverso do que surge em Paris e Berlim, nasceu em Viena.

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